Barreiras culturais: a cultura machista inibe o homem de se prevenir não só do câncer de próstata, mas de forma geral, ele tem mais dificuldades em ir ao médico regularmente, a mulher freqüenta constantemente o ginecologista, mas homem quando deixa de ir ao pediatra, não se importa muito em se prevenir. E quando ele vai na maioria das vezes é com o incentivo da esposa.
A construção social do conceito de masculino e feminino é bem diferente, eles agem de maneira diferenciada porque são influenciados pela construção de uma feminilidade e masculinidade ditada por sua cultura, ou seja, os indivíduos são estimulados a adaptarem-se a estereótipos que os leva a assumir normas dominantes de feminino e masculino. Tais normas, culturalmente construídas, podem suscitar sentimentos e comportamentos que se diferenciam por gênero.
O homem se sente invulnerável a doenças, muitas só freqüentam o médico em ultimo caso, quando a doença já está avançada. Eles vêem a prevenção como um sinal de fragilidade, como coisa de mulher, o que poderia colocar em risco a sexualidade masculina. E o que poderia ser resolvido num posto de saúde toma proporções maiores, sendo necessário um atendimento mais complexo.
O SUS já possui um programa voltado para a população masculina que se chama Programa Nacional da Saúde do homem, desde 2009, que incentiva o cuidado da saúde masculina. Programas como este representam um ganho de qualidade de vida para a população masculina, mas também são ótimos para o SUS,que pode ter um custo mais baixo,pois podem ser realizado em postos de saúde,sem a necessidade de um hospital de alta complexidade.
§ Barreiras institucionais: outro problema que impede os homens de se prevenirem é o horário das consultas médicas coincidirem com o horário de trabalho, ou as longas filam o fazem perder um dia de trabalho. Ele muitas vezes preza mais o seu trabalho do que a sua saúde, pois o trabalho é visto pela sociedade mais como uma obrigação do homem, já a prevenção da saúde como coisa de mulher, e eles desde muito cedo são educasos desta forma. É necessário rever a forma de educação masculina, a posição de machão e inserir um novo conceito de masculinidade.
Barreiras médicas: outro fator é falta de postura adequada dos profissionais de saúde e as consultas muito curtas. O homem tem mais dificuldades para falar de seus problemas, e o médico nem sempre é moderador dessa relação.
No sistema básico de saúde o homem é consultado por um clínico geral, pois não há um especialista para o problema (urologista ou cardiologista), que não é treinado para realizar exames de toque retal.
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